segunda-feira, 20 de junho de 2011

O São João do Nordeste,Tem o Som do Gonzagão.


A fogueira tá queimando/Em homenagem a São João/O forró já começou/Vamos gente, rapapé neste salão/Dança Joaquim com Isabé/Luiz com Iaiá/Dança Janjão com Raqué/E eu com Sinhá/Traz a cachaça, Mané/Eu quero vê, quero vê páia voar...A canção de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, composta em 1957, além de ser à prova das intempéries e modernidades, traduz todo o espírito festeiro que toma conta do Nordeste durante o mês de junho.

Quadrilha Dança Nordeste fará uma maratona de 60 apresentações, entre festivais, arraiais de bairros, hotéis e festas particulares. Já a quadrilha Drag Queen participa em festivais de quadrilha cômicas, arraiais de gênero e festas privadas
Quadrilha Dança Nordeste fará uma maratona de 60 apresentações, entre festivais, arraiais de bairros, hotéis e festas particulares. Já a quadrilha Drag Queen participa em festivais de quadrilha cômicas, arraiais de gênero e festas privadasMas, apesar de resistência, se engana quem pensa que o "rapapé" nos salões sempre foi da maneira como conhecemos nos dias de hoje.Os passos de uma quadrilha junina  viajaram muito até chegar na festa do povo. Tanto a festa religiosa quanto a comemoração profana se fundiram entre os salões da nobreza e a Igreja Católica e com o passar do tempo foi adotada pelo povo como uma das festas mais animadas e características do nosso país, depois do carnaval.O escritor, médico e pesquisador Iaperi Araújo explica que "a quadrilha era uma dança de salão européia que foi trazida para o Brasil na colonização. Após deixar os salões da nobreza, que passou a se interessar por outras danças da moda, a festa junina ganhou força e se manteve entre o povo da zona rural.", conta o pesquisador. A comida foi modificada, e a dança e a música incluídas. Essas mudanças deixaram a festa com uma cara bem brasileira, principalmente após a Segunda Guerra Mundial. No Nordeste, a união com o forró selou a tradição. "O São João já tinha saído da cidade e migrado para a zona rural, após a Segunda Guerra a festa fez o caminho inverso e ganhou força no retorno a cidade grande", relata Iaperi. O São João então virou uma festa popular de todo o nosso país.

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