A Acadêmicos do Tucuruvi animou o Anhembi com seu desfile cheio de cores. A escola abusou do colorido das tradições e religiões para homenagear os milhares de nordestinos que vivem em São Paulo e contribuíram para a formação da maior cidade do país. A agremiação recebeu e-mails com ameaças racistas devido a escolha do enredo deste ano antes do início do Carnaval.
Grandes personagens nordestinos, como Zumbi dos Palmares, foram homenageados durante o desfile. As festas populares, como das festas juninas, tradicionais na região, e, Bumba-meu-boi, apareceram em alas. O rei do baião, Luiz Gonzaga, nordestino que trouxe forró para a cidade, também foi lembrado.
Um dos carros mais originais que a escola levou para o sambódromo foi a segunda alegoria, que mostrou a igreja da Sé, segundo a visão dos nordestinos.
O marco número um de São Paulo tinha uma igreja toda feita em xitão e com uma imagem do padre Cícero, além de um grande arraial na frente da igreja. A traseira do carro ‘Fé e esperança’ levou os devotos de Nossa Senhora.
Outra alegoria que chamou atenção foi a ‘Danado de bom’, uma miniatura da cidade de São Paulo, com vários prédios que representam a arquitetura da capital paulista como o Masp (Museu de Arte Moderna), Copam e Banespa. Os prédios foram feitos de retalhos, como se fossem uma grande colcha.
A originalidade da comissão de frente, uma homenagem ao famoso ceramista mestre Vitalino, surpreendeu, apesar da simplicidade.
O mestre Adamastor comandou 280 ritmistas. A bateria teve Sheila Mello como madrinha da bateria.
A Acadêmicos do Tucuruvi foi a terceira escola a desfilar nesta primeira noite do Carnaval de São Paulo. Em seguida, desfila a Rosas de Ouro, campeã do ano passado.
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