Gonzaguinha herdou, além dos genes, o talento musical de seu pai, o rei do baião Luiz Gonzaga. Nascido no Rio de Janeiro em 22 de setembro de 1945, dois anos depois perdeu a mãe para a tuberculose.
Seu pai, com dificuldade para criá-lo, decidiu entregá-lo para os padrinhos, Seu Xavier e Dona Dina. Sua infância foi em contato com a pobreza das redondezas onde vivia; o morro de São Carlos, no bairro do Estácio.
Apesar das dificuldades, Gonzaguinha conseguiu concluir o ensino médio e entrar na Faculdade de Ciências Econômicas Cândido Mendes. Foi no período universitário que entrou em contato com outros músicos.
Fez parte do MAU (Movimento Artístico Universitário) junto com Ivan Lins, Dominguinhos, Aldir Blanc e César Costa Filho. Participou de festivais da canção, muito populares na época, e se destacou pela qualidade de suas letras, provocativas e sempre tentando driblar os censores do regime militar.
Era considerado agressivo e irônico, e chegou a receber uma advertência da censura e muitas críticas. Em uma apresentação no programa do Flávio Cavalcante causou comoção devido ao seu comportamento. No entanto, o resultado foi positivo. Seu compacto, antes encalhado nas prateleiras, esgotou-se rapidamente, e ele recebeu o convite para gravar seu primeiro long-play.
Com o passar do tempo, o estilo de Gonzaguinha mudou. Suas letras ficaram menos agressivas e mais reflexivas, poéticas. Em 1976 lançou o disco ‘Começaria Tudo Outra Vez’, que o projetou junto ao grande público e o firmou como compositor de grandes estrelas, como Elis Regina, Simone e Maria Bethania.fonte site pph.
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