LUIZ GONZAGA DO NASCIMENTO JÚNIOR(45 anos)Cantor e Compositor
+ Renascença, PR (29/04/1991)
Gonzaguinha era filho do também cantor e compositor Luiz Gonzaga do Nascimento e de Odaleia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil, que morreu de tuberculose, aos 46 anos. Acabou sendo criado pelos padrinhos Dina e Xavier.
Compôs a primeira canção "Lembranças da Primavera" aos catorze anos, e em 1961, com 16 anos foi morar em Cocotá com o pai para estudar. Voltou para o Rio de Janeiro para estudar Economia, pela Universidade Cândido Mendes Ari Fontera. Na casa do psiquiatra Aluízio Porto Carrero, conheceu e se tornou amigo de Ivan Lins. Conheceu também a primeira mulher, Ângela, com quem teve dois filhos: Daniel e Fernanda. Teve depois uma filha com a atriz Sandra Pêra: a atriz Amora Pêra.
Foi nessa convivência na casa do psiquiatra, que fundou o Movimento Artístico Universitário (MAU), com Aldir Blanc, Ivan Lins, Márcio Proença, Paulo Emílio e César Costa Filho. Tal movimento teve importante papel na música popular do Brasil nos anos 70 e em 1971 resultou no programa na TV Globo Som Livre Exportação.
Característico pela postura de crítica à ditadura, submeteu-se ao DOPS, assim, das 72 canções mostradas, 54 foram censuradas, entre as quais o primeiro sucesso, Comportamento Geral. Neste início de carreira, a apresentação agressiva e pouco agradável aos olhos da mídia lhe valeram o apelido de "Cantor Rancor", com canções ásperas, como "Piada Infeliz" e "Erva". Com o começo da abertura política, na segunda metade da década de 1970, começou a modificar o discurso e a compor músicas de tom mais aprazível para o público da época, como "Começaria Tudo Outra Vez", "Explode Coração" e "Grito de Alerta", e também temas de reggae, como "O Que é o Que é" e "Nem o Pobre Nem o Rei".
As composições foram gravadas por muitos dos grandes intérpretes da MPB, como Maria Bethânia, Simone, Elis Regina (Redescobrir ou Ciranda de Pedra), Fagner, e Joanna.
Em 1975 dispensou os empresários e se tornou um artista independente, o que fez em 1986, fundar o selo Moleque, pelo qual chegou a gravar dois trabalhos.
Nos últimos doze anos de vida, Gonzaguinha viveu em Belo Horizonte com a segunda mulher Louise Margarete Martins—Lelete e a filha deles, a caçula Mariana.
Morte
Após uma apresentação em Pato Branco, no Paraná, Gonzaguinha foi vítima de um acidente automobilístico, vindo a óbito às 07:30 hs do dia 29 de abril de 1991, entre as cidades de Renascença e Marmeleiro. Ele dirigia o automóvel rumo a Francisco Beltrão e depois ia a Foz do Iguaçú. Este trágico acidente encerrou de forma repentina a sua brilhante carreira.
Fonte: Wikipédia
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