Festival de música traz 86 apresentações durante 11 dias a BH,veja tudo no Blog Sertão9

Dominguinhos elogia a Festa da Música e diz que é desafiador

O nome já diz tudo: é Festa da Música. Artistas, grupos, orquestras, em vários espaços e ruas, fazendo shows entre o dia 23 deste mes e 2 de setembro, com entrada franca. Do sanfoneiro Dominguinhos à Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, passando pelas pesquisas do paulista Arrigo Barnabé. Tem ainda jovens talentos de Minas, como Gilson Brito e Rafael Martini, e grupos com história na música popular brasileira, como o Época de Ouro, fundado por Jacob do Bandolim (1918-1969). Serão 86 apresentações, envolvendo 150 músicos, em 15 espaços. Novidade do sexto ano do projeto realizado pela Fundação Assis Chateaubriand, jornal Estado de Minas e Rádio Guarani, é espaço para performances de músicos de rua.

Haverá homenagem ao mais ilustre dos aniversariantes do ano: Luiz Gonzaga do Nascimento (1912-1989), Rei do Baião. E feita por discípulo que mais conhece a música do mestre, inclusive por ter convivido com ele durante anos: o sanfoneiro Dominguinhos. “Vou relembrar as músicas dele. E tocar algumas composições minhas mostrando meu compromisso com a música nordestina”, conta. Vai ser baião, xaxado, forró etc. “E, principalmente, xote, que é muito bem-vindo por quem gosta de ficar dançando e brincando”, conta. “Festa de rua é muito bonita”, observa. “Tem alegria extravasada de maneira direta, o que deixa o artista feliz”, acrescenta.

Shows em praças e ruas, continua Dominguinhos, são especiais. É desafiador conquistar público heterogêneo, que, se não gosta do que ouve, vai se afastando. “Então, são apresentações que cobram compromisso maior do artista, que tem de mostrar de forma comunicativa o trabalho dele”, explica. Ele também considera positivo, no evento de Belo Horizonte, o fato de as apresentações não serem em horário muito tarde, o que tem atrapalhado, por exemplo, as festas de São João. Ele diz que festivais como a Festa da Música são eventos que oferecem possibilidade de ouvir e conhecer artistas, para pessoas que não têm condições de vê-los em outros locais. “Isso também é muito bonito”, observa