quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

No Recife, exposição celebra homenageados do carnaval, 2013 veja mais aqui no Sertão9


Turistas e foliões que estiverem no Recife poderão conhecer um pouco mais sobre os dois homenageados no carnaval da cidade – Naná Vasconcelos e Alcir Lacerda (in memorian) – por meio de uma exposição montada no Paço Alfândega, no Recife Antigo. A mostra ficará aberta a visitação entre os dias 6 e 28 de fevereiro.
Painel montado mostra biografia de homenageados do carnaval (Foto: Manoel Filho/G1)Painel montado mostra biografia de homenageados do carnaval do Recife. Sertão9
No espaço onde a exposição está montada, foram instalados quatro painéis, nos quais os visitantes terão a oportunidade de ler a biografia do músico Naná Vasconcelos e do fotógrafo Alcir Lacerda. Além dos painéis, monitores exibem vídeos sobre o mestre da percussão e um equipamento fará a projeção de trabalhos de Alcir, tendo como som ambiente a música do percussionista.
Segundo a curadora da exposição, Clarice Hoffman, as fotos expostas de Alcir Lacerda foram escolhidas a partir de um livro que guarda o portfólio do fotógrafo. “A família dele ajudou muito no processo. Não foi tão difícil selecionar”, disse Clarice. O fotógrafo dedicou mais de 50 anos de vida a fotografar o cotidiano do Recife.
Cabaças penduradas representam o mundo (Foto: Manoel Filho/G1)
Cabaças penduradas representam a religiosidade
de Naná Vasconcelos.Sertão9
A religião, tão cultuada por Naná Vasconcelos, está representada por cabaças penduradas no salão. Entre elas, estão garrafas de vidro com fotografias de Alcir dentro delas. “No candomblé, as cabaças representam o mundo. Naná ganhou o mundo numa época em que pouca gente ganhava. Ele tocou em todos os continentes, é um cidadão do mundo”, disse a curadora.


Clarice falou ainda que o músico não quis expor os instrumentos criados por ele mesmo. No entanto, foi Naná quem selecionou os vídeos que serão exibidos para os visitantes – entre eles um concerto em Varsóvia, na Polônia. “Ele me contou que o desejo dele é o de que as pessoas vejam outra trajetória de mundo dele, que não seja apenas o maracatu. Ele quer que as pessoas possam ir além disso”, revelou a curadora.

Para Clarisse Hoffman, os dois homenageados podem ser considerados artistas, e têm duas coisas em comum. “A paixão pelo Recife e pelo mar. A relação com a água é muito presente na obra dos dois, que são apaixonados pelo que fazem”, disse ela. O trabalho de pesquisa para montar a inauguração durou cerca de três semanas.

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