A seca dos últimos meses prejudicou os produtores da Bahia. Pequenos, médios e grandes criadores sofreram com a falta de água e alimento para o gado.
No sertão do estado, há apenas mato misturado a terra, o que não dá para o gado comer.
Apesar das chuvas que têm caído nos últimos dias na região de Feira de Santana, ainda não há capim para alimentar o rebanho e os animais continuam muito magros e famintos.
Em todo estado da Bahia já morreram mais de um milhão de cabeças por causa da seca. Só na zona rural de Feira de Santana, há mais de 30 mil animais mortos, com um prejuízo que ultrapassa os R$ 38 milhões.
O pecuarista Wilson Cardoso tinha 12 mil cabeças de gado. Com a seca, ele perdeu sete mil animais, número que equivale a 60% do rebanho. Em um só dia, chegaram a morrer 200 vacas. O pecuarista tentou amenizar a fome dos animais comprando ração, mas ainda assim, o prejuízo foi grande.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais da região diz que se não voltar a chover, mais animais podem morrer. “Nós não temos mais recursos para comprar ração para a manutenção da propriedade. O rebanho está praticamente liquidado”, diz Carlos Henrique Rodrigues.
Com a estiagem, o grande criador de gado virou médio, o médio se tornou pequeno e o pequeno praticamente desapareceu. O agricultor José Roberto Jesus criava seis cabeças de gado, mas perdeu tudo com a seca. "Era só o que eu tinha e agora não tenho mais nada. Agora vou trabalhar e ver se consigo tudo de novo", diz.
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