quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Gilberto Gil no Coliseu: o forró é para todos aqui no Sertão9

Foi uma noite de festa aquela que se viveu ontem em Lisboa, em que Gilberto Gilapresentou um espectáculo da sua tournée “Pé na Festa”. O ex-Ministro da Cultura do Brasil dançou, cantou e colocou, como se diz na gíria do Brasil, muito «jovem no chinelo», ao mostrar uma vida e uma energia não habituais numa pessoa que conta já com 71 anos.
Os músicos que acompanham o cantor entram em palco – o baterista e percussionista Jorginho; o baixista Artur Maia; o violinista francês, “apaixonado pela música do sertão”, Nicolas; o percussionista Gustavo, que o acompanha desde os 15 anos; o sanfoneiro Bestinho; e o guitarrista Eugénio, que também toca cavaquinho e banjo. A seguir, ao ritmo de palmas, entra Gilberto Gil com um sorriso permanente no rosto e a abrir com “Pé na Festa”, um forró que é o primeiro de muitos para esta noite, ou não fosse esta música típica do Sertão da Bahia, onde cresceu, depois de ter nascido em Salvador.
Gilberto Gil dedica esta noite aos diferentes tipos de música do nordeste brasileiro e vai explicando a origem, “segundo o mito ou a lenda”, conforme diz, de ritmos como o forró, o xaxado, o shot, entre tantos outros.
A energia do músico é contagiante e Gilberto não para de pular e dançar, para alegria do público que se encontra no Coliseu dos Recreios, na sua grande maioria brasileiros que sabem na ponta da língua todas as canções. “Génio Gil”, “adoro” ou “quente” são algumas palavras que saem da boca de quem aqui se encontra. Ouve-se “Maria Baiana”, de Luís Gonzaga, “Assim, Sim”, de Gilberto Gil, que incita o público a bater palmas e a dançar.
Depois vem a homenagem de Gilberto Gil a Marcos António que, após um período menos bom, em que quase caiu no esquecimento do público, regressou à música, com “Olha Eu Aqui de Novo”. O público reconhece cada canção, cada compositor, cada música, como se fossem as suas próprias histórias.

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