Há exatos 203 anos, a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, abrindo um capítulo importante de nossa literatura e inaugurando o Dia Nacional do Livro. Desde então o país mudou, se desenvolveu econômica e culturalmente. O número de escritores aumentou com a popularização dos livros e a lamúria por falta de leitores também.
O povo brasileiro lê muito pouco, dizem os entendidos no assunto e também as estatísticas. A cada quatro anos o Instituto Pró-Livro lança a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, um profundo estudo sobre o comportamento dos leitores tupiniquins.
A pesquisa mais recente, de 2012, entrevistou 5.012 pessoas a partir de cinco anos de idade em 315 domicílios. Comparada com a edição anterior, de 2007, a pesquisa mostrou que o brasileiro leu menos. Naquele ano, a média anual de livros lidos foi de 4,7, enquanto em 2012 foi de quatro. A falta de tempo foi a justificativa dada pela maioria das pessoas para não ler, ou não ler mais do que gostaria. A falta de interesse ou falta de gosto pela leitura foi o segundo motivo mais frequente.
Falar sobre os benefícios da leitura é chover no molhado. “Eu acredito mesmo que a literatura ajuda a deixar um país melhor”, chove, em poucas palavras, o escritor Cadão Volpato, em entrevista durante a última edição da Semana Literária do Sesc em Pato Branco.
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