26/01/2016 Segundo pesquisa divulgada na última semana, 1% das pessoas detém riqueza equivalente a de todo o restante da população mundial somado. Os dados são da Oxfam, uma organização não-governamental britânica. No Brasil, os 10% mais ricos chegam a ganhar entre 4 e 13 vezes mais do que a média de renda dos brasileiros.
No Ceará, a proporção aumenta. O 1% mais rico ganha 15 vezes acima da média no Estado, que é de R$ 1,1 mil. Aqueles que ganham a partir de R$ 18,6 mil estão nesse patamar, de acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Médicos, por exemplo, estão nos 5% que possuem renda superior a R$ 8,2 mil. Esses profissionais têm piso salarial de R$ 12,9 mil, levando em conta a atualização monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Pessoas com renda superior a R$ 5,4 mil representam os 10% mais ricos. Aqueles que têm renda acima de R$ 1,5 mil são 20% das pessoas do Ceará. Nessa categoria estão inclusos os policiais militares, com piso variando de R$ 3,1 mil (caso de soldados e cabos) a R$ 10,8 mil (caso de coronéis). É possível incluir ainda os advogados. Segundo a Ordem dos Advogados dos Brasil (OAB), a orientação é de que o piso seja de R$ 2,3 mil. Também estão nessa categoria os professores, com piso de R$ 2,8 mil, segundo a Secretaria da Educação do Estado (Seduc).
Para Lauro Chaves Neto, professor da Universidade Estadual do Ceará e PhD em desenvolvimento pela Universidade de Barcelona, acontecem dois processos simultâneos. “Tanto no Brasil quanto no mundo, estamos vendo uma redução da miséria e, em contraponto, um aumento da desigualdade.
Os pobres estão ficando menos pobres e os ricos, mais ricos”, disse. A média de renda no Brasil é apontada pelo IBGE como R$ 1,8 mil. A parcela de 1% mais rica é classificada como aqueles que ganham acima de R$ 25 mil. Os 5% mais ricos ganham aproximadamente R$ 11,8 mil. Os 10% mais ricos têm renda superior a R$ 8,1 mil...
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