Quando tinha cinco anos de idade Flávio José escutou em praça pública um show de Luiz Gonzaga. Nasceu naquele momento a vontade de cantar forró. Ele pediu então uma sanfona de presente ao pai e começou a tocar sempre inspirado na obra do rei do baião. Anos depois, enveredou pela carreira artística e virou o rei do xote. Não parou mais de cantar a obra de seu Luiz.
No dia em que o Nordeste celebra o 22º ano de morte de Luiz Gonzaga, o cantor e sanfoneiro paraibano de Monteiro, anunciou um projeto antigo de gravar um CD apenas com músicas do rei do baião. O sonho, no entanto, só deve ser realizado em 2012 ano em que será comemorado o centenário de nascimento do sanfoneiro de Exú. "Eu me sinto muito orgulhoso em ser seguidor de Luiz Gonzaga. Ele exerceu uma influência muito grande em minha carreira" disse.
Por telefone, Flávio revelou que a morte de Luiz Gonzaga há 22 anos deixou uma lacuna na música brasileira. "Ele é o responsável por tudo e como ninguém soube expressar as coisas do Nordeste", observou. Para Flávio, Luiz Gonzaga é insubstituível.
Flávio defende que no próximo ano, todas as prefeituras do Nordeste reservem pelo menos uma noite para homenagear Luiz Gonzaga. Também sugeriu que a obra do cantor seja amplamente divulgada em Campina Grande no Maior São João do Mundo. "Acho que todo forrozeiro que sobe ao palco tem a obrigação de fazer uma homenagem a Luiz Gonzaga", observou.
Luiz Gonzaga, uma das maiores expressões da música brasileira partiu no dia 2 de agosto de 1989, vítima de parada cardiorrespiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana. A voz melodiosa que cantou a seca, a dor, as alegrias, fé e esperança do nordestino se calou para sempre. A velha sanfona parou de tocar. Ficou apenas a obra e um legado enorme. Sua morte abriu uma lacuna na música regional, mas inspirou outros artistas a continuaram na estrada defendendo a bandeira forró.
Mesmo tendo muitos seguidores em Campina Grande, não haverá nenhuma homenagem especial a Luiz Gonzaga no dia em que se comemora o seu 22º aniversário de sua morte. Diferente de Pernambuco, onde desde ontem uma vasta programação com 8 dias de duração, está valorizando, resgatando e divulgando a obra do cantor. "Em Pernambuco está acontecendo encontros de sanfoneiros, emboladores, repentistas e cantadores", explicou José Nobre diretor do Museu Luiz Gonzaga de Campina Grande.
José Nobre disse que não concorda muito com a realização de eventos para comemorar a morte do cantor. Por isso, a principal festa promovida pelo Museu Luiz Gonzaga acontece no dia 13 de dezembro, data do aniversário de nascimento do rei do baião e Dia Nacional do Forró. Luiz Gonzaga deixou um grande legado para o forró e para a música brasileira, em seus quase 50 anos intensos de carreira artística. Em sua homenagem ele ganhou uma estátua de bronze junto com Jackson do Pandeiro, instalada em frente ao Açude Velho em Campina Grande.fonte norte online.
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