Fãs reverenciam Luiz Gonzaga no aniversário de 22 anos de sua morte.

15h16, 02 de Agosto de 2011

O segundo dia de agosto começou com clima de festa junina no Recife. Em vários pontos da cidade, hoje está sendo lembrado como o aniversário de morte do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que faleceu há 22 anos. Até o início da tarde, uma ′forróvioca′ cruza o município, do bairro de San Martin até a Avenida Guararapes, passando pelas Avenidas Caxangá e Conde da Boa Vista, chamando a atenção da população para o legado cultural do filho mais célebre da cidade de Exu.

Quem decidir acompanhar o ônibus animado pode conhecer de perto discípulos do rei, como Ednaldo Ramos, o Naldinho, de apenas 12 anos. Há sete meses, ele começou observar os sanfoneiros que reverenciavam o baião e se arriscou na sanfona. Hoje, se arrisca a participar de shows com ′gente grande′, não deixando nada a desejar a quem não aprendeu a dominar o instrumento por conta própria. "Tive minha primeira aula hoje, com Chico Paraíba. Venho tocando por conta própria, olhando o pessoal. Só toco sanfona e forró mesmo, e me divirto demais", conta o prodígio, com toda a simplicidade.

A chamada Vigília Gonzagueana teve início às 6h no bar ′Nosso Quintal′, em San Martin, contando com a participação de sanfoneiros, bacarmateiros e banda de pífanos. A comemoração segue durante todo o dia e terá espaço ainda para exposição regional de Gleidson Cavalcanti e palestras de Mávio de Holanda, que apresenta a discografia completa de Luiz Gonzaga. Às 17h, o escritor José Marcelo Leal Barbosa lança o livro Homenagens especiais ao eterno rei do Baião.

De acordo com o organizador da Vigília, Marcos Veloso, 50, a busca pela preservação do legado de Gonzaga é realizada semanalmente, no bar que o reverencia (localizado na Rua Doutor Aniceto Ribeiro Varejão, próximo à Chesf), sempre às sexta-feiras, com a presença de dez sanfoneiros, desde 1994. No entanto, o evento que envolve toda a sociedade está em sua sétima edição. "É uma paixão antiga. A gente cresceu ouvindo Luiz Gonzaga e esta é uma tradição que não pode se perder no tempo", resume.

As iniciativas culminam em uma missa, celebrada na Igraja de São Pedro, às 18h, que será sucedida de shows gratuitos, no Pátio, de bandas como Trio Nordestino, Santanna, Terezinha do Acordeon, Camarão, Salatiel, André Macambira, Nádia Maia, Petrúcio amorim, Cristina Amaral, Quinteto Violado e Fim de Feira. fonte; alagos 24 hs.