quarta-feira, 14 de março de 2012

[Leia] Lenine estreia experiência sensorial de 'Chão' com shows no Recife

Turnê 'Chão' começa pelo Recife (Foto: Divulgação)Turnê 'Chão', do décimo disco do pernambucano Lenine, começa pelo Recife (Foto: Divulgação)


Sons de batimento cardíaco e respiração. Barulho de chaleira, motosserra, máquina de lavar e de escrever. Canto de canários e cigarras. Esses e outros ruídos orgânicos estão no disco “Chão”, do cantor pernambucano Lenine. Lançado em outubro do ano passado, só agora, após uma grande engenharia sonora para caber em um palco, o álbum virou show. A turnê vai percorrer cidades do Brasil, América do Sul e Europa, em uma agenda cheia até 2013. E o Recife - “o chão que me sustenta”, como o próprio artista definiu -  foi o local escolhido para a estreia. As apresentações serão nesta sexta-feira (16) e sábado (17), no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem.
Em entrevista ao G1, Lenine contou que essa “demora” para começar a turnê se deve ao fato de o disco precisar de um espaço completamente adequado para pôr em prática a experiência sensorial que ele propõe ao público. “A gente teve que encarar o desafio de transformar os espaços a contento. Em shows comuns, há duas colunas de sons nos lados do palco, que reproduzem as duas orelhas do ser humano. É bidimensional. Como o nosso som é surround, precisamos preparar angulações de caixa para explorar essa espacialidade em mais dimensões”, explicou.

O surround recria um ambiente mais realista de áudio. Assim como acontece com quem escuta o disco, a plateia se pegará pensando de onde vêm aqueles passos no chão ou tentando distinguir se o barulho de trânsito vem mesmo de dentro do teatro. Tudo será executado pelo trio Lenine, Bruno Giorgi (filho do artista) e JR Tolstói, em um ambiente repleto de instrumentos e equipamentos. “Alguns sons já estão editados, diferente do que aconteceu no disco, que captamos áudios de coisas do cotidiano no momento em que estavam acontecendo e depois gravamos as músicas em cima deles. Também vamos criar sons e ir ‘loopiando’ na hora. Somos um trio interligado digitalmente, plugado e eletrônico, mas também muito orgânico”, pontuou.

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