sábado, 3 de março de 2012

[Leia] Quinteto Violado: Um imaginário nordestino no Blog Sertão9



   
Os 40 anos do Quinteto Violado estão em cartaz na exposição Um Imaginário Nordestino, que circula por cinco capitais brasileiras entre os meses de janeiro e abril. Após a temporada de sucesso no Rio de Janeiro e em Curitiba, o projeto chega agora em Brasília no Espaço Brasil 21 Cultural. A visitação começa a partir de 01 de março e vai até o dia 11. Já a série de quatro concertos acontece entre os dias 08 e 11 de março.


Fotografias, imagens em audiovisual, entrevistas, testemunhos, um vasto material foi reunido para contar e relembrar a trajetória do grupo por meio de projeções, estações multimídias e outras plataformas. Entre as imagens recuperadas em arquivos, destaque-se um dos encontros do Quinteto com Luiz Gonzaga. “A sustança, o tutano do corredor do boi. A vitamina, a proteína. Padim Cícero, Frei Damião. Ascenso Ferreira, Lampião, Cego Aderaldo, Nelson Ferreira, Zé Dantas. Tudo isso é o Quinteto Violado”, diz Gonzagão, antes de entoar Boiadeiro, acompanhado pelo grupo, em gravação do início da década de 1980 para a TV Cultura, de São Paulo.


Em um dos ambientes criados, uma linha do tempo convidará os visitantes a uma viagem por 40 anos de produção artística, com textos e imagens dos álbuns lançados e dos espetáculos montados. Na parede oposta, uma jukebox com os cerca de 50 títulos da discografia, entre álbuns, coletâneas e participações, dará aos visitantes/ouvintes a chance de criar sua trilha sonora.



Nos depoimentos colhidos para a plataforma multimídia da exposição, o cantor e compositor Lenine ressalta a importância do grupo no contexto contemporâneo. “O Quinteto Violado é pai de muitos criadores, que viram no trabalho deles uma poderosa afirmação da música nordestina, como uma expressão extremamente popular, mas extremamente refinada”, diz Lenine. “Durante muito tempo a música nordestina ficou associada apenas a um tipo de estética roots, sem muito refinamento. Eles surgiram para provar o contrário. O Quinteto faz parte do meu DNA, faz parte da minha genética e da minha formação”, completa.

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