domingo, 2 de dezembro de 2012

Depois dos 100 anos de Luiz Gonzaga, forró resurge com toda força,em 2012



Foi só se aproximarem as 100 badaladas do aniversário do “Rei do Baião” e pronto: chovem homenagens a Luiz Gonzaga por todos os lados. No teatro, cinema, em programas de televisão, livros sobre a história do forró e matérias nas revistas mais culturais do país. Essa reportagem aproveita a chegada do dia 13 de dezembro, data em que “Gonzagão” completaria o centenário de seu nascimento, para falar sobre a resistência do estilo musical mais nordestino do mundo.

“Luiz Gonzaga foi um grande inventor de harmonias e melodias. A música dele era feita da reunião de muita coisa e para reunir muita gente, falando de pobreza, tristeza e injustiça. Por isso, costumo dizer que é bem difícil definir o forró. Em geral, a gente junta baião, xote, xaxado, quadrilha, faz uma festa bonita e diz que é um arrasta-pé”, brinca Helder Huguenin, o “Falamansa de Niterói”.
De acordo com Helder, por aqui, o estilo praticamente se esconde. A mais conhecida festa, no entanto, acontece semanalmente no Convés, em São Domingos, há 14 anos, completados em novembro. Com a produção do músico Maurício Masson, de 35 anos, mencionado por várias personalidades do forró carioca como um “guerreiro”, por não ter deixado a “peteca cair”, mesmo nos momentos em que houve menor procura pelos já famosos bate-chinelas de quarta-feira à noite, que agora têm suas portas abertas de 20h às 2horas.

“Hoje, se você fala de forró em Niterói, as pessoas associam ao Convés na hora. Produzo junto com o Adenor, e o trabalho que ele faz lá é incrível. Cada dia que tem evento, tem novidade. É uma luz nova, uma parede diferente, uma forma de divulgação nunca antes usada. Nosso trabalho lá, tanto o meu quanto o do Adenor, é de quem ama o que faz, acima de tudo”, avalia Maurício, músico por formação.
Em dezembro, o cara que mais luta pelas festas nordestinas em Niterói, mesmo longe das épocas de folias juninas, lança seu primeiro disco, composto de 12 músicas autorais, das quais cinco encontram-se em várias outras festas pelo mundo. No País do forró, é preciso ter talento para viver de música, acredita o compositor, cantor e, atualmente, zabumbeiro Maurício.

Um comentário:

  1. Homenagem mais que merecida! Luiz Gonzaga é nosso eterno rei do baião...

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