segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Após 50 anos de sua morte, Mestre Vitalino ainda é inspiração para seguidores


Da redação do Blog Sertão9

Há 50 anos, no dia 20 de janeiro de 1963, Caruaru, Agreste do estado, e a arte popular perdiam o artista que fez do massapé a matéria-prima para criar e retratar o cotidiano do homem do Nordeste, modelados em bonecos de barro.
Vitalino foi o primeiro artesão da cerâmica a ter real destaque no país e até na cena internacional. Ele foi pioneiro em retratar o cotidiano do povo da zona rural utilizando o barro. Ele é chamado de Mestre porque deixou muitos seguidores e discípulos.
Manoel Eudócio – Um dos artesãos mais antigos do Alto do Moura é o seu Manoel Eudócio, que vai completar 82 anos no próximo dia 28 e ainda faz os bonecos de barros. Ele começou com oito anos de idade a fazer bois de barro, com a avó, para brincar com os amigos. Ela dizia que ele deveria vender para ganhar seu dinheirinho. E assim fez. Foi à feira e vendeu seus primeiros bois apurando quatro contos de réis. E desde então não parou de fazer e vender as peças de barro. Foram rendeiras, agricultores com cachorro, cavalos, bois.
Somente aos 16 anos, em 1948, seu Manoel Eudócio viu pela primeira vez as peças do Mestre Vitalino. E se encantou pelo trabalho do artesão.
Severino Vitalino – Seu Severino diz que toda sua vida foi entregue a arte do barro. Desde 1947, aos sete anos, trabalhava com o pai, o Mestre Vitalino. Os filhos e netos também trabalham com ele.
Leonardo Bezerra do Nascimento – Leonardo aprendeu a fazer as peças de barro com sete anos. Desde a infância trabalhava com o pai, quando chegava da escola. Após concluir o ensino médio, aos 17 anos, ele passou a se dedicar mais a arte do barro. Hoje produz cerca de 300 bonecas por semana, além de trio nordestino, banda de pífanos e retirantes. Tudo com a ajuda da irmã de 19 anos.

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