Um pedacinho do Nordeste em plena "Cidade Maravilhosa". Ao olhar em volta nem parece que você está em São Cristóvão, um bairro tradicional do Rio de Janeiro, antigo lar da família imperial brasileira. Ali, perto da Quinta da Boa Vista, do centro do município e da Avenida Brasil, a Feira de São Cristóvão conquista os visitantes por representar os costumes da região mais alegre do país.
Como tudo começou
Em 1945, os nordestinos começaram a chegar no Rio de Janeiro, no campo de São Cristóvão, exatamente ali onde se encontra hoje a Feira de São Cristóvão. Em meio à paus-de-arara lotados de retirantes que sonhavam em fazer a vida no Sudeste, a luta diária que se apresentava nos dias vindouros, o trabalho e o suor não eram suficientes para acabar com a alegria típica daqueles que viviam acima dos trópicos. Bastava anoitecer para deixarem um pouco de lado os problemas comuns da vida e abrir a alma para a cultura nordestina se fazer presente ao redor do Pavilhão de São Cristóvão.
A festa acontecia todas as noites: muita música e comidas rolavam até o sol raiar, tudo para os nordestinos matarem a saudade da terrinha, encontrarem conhecidos e receberem parentes que também estavam indo ao Rio de Janeiro tentar a sorte. Com o tempo, não apenas eles arrastavam pé e comiam queijo coalho, mas também cariocas, paulistas, estrangeiros, enfim, quem desse a cara por aqueles cantos. Aquele lugar ficou conhecido como a Feira dos Paraíbas.
Foi preciso então dar uma atenção maior àquele fenômeno, e em 2003 a prefeitura resolveu colocar a mão na massa: fez uma grande reforma no pavilhão de São Cristóvão, colocou a feira para dentro, organizou barracas e lojas e tornou o lugar em um grande centro cultural, o, oficialmente falando, Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, mais conhecido como a Feira de São Cristóvão ou Feira dos Paraíbas.
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