Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, dois dos mais míticos músicos nordestinos, têm recebido muita visita durante o São João em Campina Grande, na Paraíba. Mas não espere uma palhinha da dupla. Trata-se, na verdade, de duas estátuas de bronze em tamanho real. Isso, no entanto, não impede que várias pessoas se desloquem até as margens do Açude Velho, um dos cartões postais da cidade, para conhecer os ídolos.
Esse foi o caso de um grupo de turistas do Rio de Janeiro e de São Paulo, que veio passar alguns dias na cidade e acabaram levados pelos parentes para conhecer e fotografar ao lado das estátuas. Tiago Luiz, que está em Campina Grande pela primeira vez, elogiou o trabalho rico em detalhes, feito pelo artista Joás Pereira dos Passos.
Sentado em um tamborete, a estátua de Luiz Gonzaga, o rei do baião, segura uma safona e passa uma impressão de movimento. Ele usa o tradicional gibão e o chapéu de couro semelhante aos usados pelos cangaceiros, reproduzido em todos os seus mínimos detalhes por Joás Pereira, que é membro da Academia Brasileira de Belas Artes. Ao lado, está o rei do ritmo, Jackson do Pandeiro, em pé, empunhando o seu pandeiro e com as vestes elegantes com as quais costumava se apresentar - gravata borboleta e o inseparável chapéu.
Uma mesa, em forma de pandeiro, colocada entre os dois artistas, tem objetos também em cobre que fizeram e fazem parte da história dos dois artistas, e também de muitos outros nordestinos: a quartinha, vaso de barro utilizado para servir água, cordéis e comidas típicas da região como tapioca e buchada, além da tradicional cachaça.
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