sábado, 10 de agosto de 2013

Dominguinhos dispensava a partitura e dominava a sanfona como poucos

Nascido em Guaranhuns, interior de Pernambuco, José Domingos de Moraes começou a tocar acordeon aos 6 anos. Ele se apresentava em feiras e na porta de hotéis. Num desses shows de rua, ele impressionou o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. O Velho Lua não teve dúvidas e decidiu apadrinhar o talentoso menino. Gonzagão deu dois presentes ao novo protegido: uma sanfona e o nome artístico: Dominguinhos.
O jovem sanfoneiro foi levado pelo padrinho ao Rio de Janeiro, onde começou a se apresentar em gafieiras e churrascarias. Ao lado de Borborema e Miudinho, formou o famoso Trio Nordestino.Instrumentista consagrado, Dominguinhos também se consolidou como compositor. “Lamento Sertanejo”, uma das melodias mais bonitas dele, teve letra de Gilberto Gil.
Em mais de cinco décadas de carreira, o sanfoneiro ganhou cinco prêmios Sharp, um Prêmio Shell da Música pelo conjunto da obra e um Grammy Latino.
 Dominguinhos lembrou que, numa época de muita necessidade, com a casa cheia de crianças, e sem dinheiro pra comprar pão, sua mãe vestiu os meninos, deu os instrumentos para as crianças e as levou para a feira. “Foi chovendo prata, ela fez uma feira maravilhosa. E daquele dia em diante, nunca mais ninguém passou necessidade”, conta. Conheça mais da história do sanfoneiro, contada por ele mesmo.

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