quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Exposição “O Mundo Luso-Brasileiro” apresenta cultura e história no Rio

O Arquivo Nacional inaugurou a exposição O Mundo Luso-Brasileiro, com documentos originais e reproduções, abrangendo um significativo e diversificado acervo documental da instituição que vai do século XVI ao XIX, do período da colônia à independência. Foto: Tomaz Silva/ABr
A memória da cultura luso-brasileira a partir do século 15 é objetivo da exposição O Mundo Luso-Brasileiro inaugurada em 26 de agosto no Arquivo Nacional (AN), no centro do Rio.
Para a historiadora Cláudia Heyneman, que com a colega Vivien Ishaq fez a curadoria, a exposição é a possibilidade de se contar a história do império ultramarino que, na avaliação dela, talvez seja o maior da época moderna. “Esse império tem histórias contidas que vão desde a ocupação dos holandeses, o tráfico de escravos, os viajantes, as ideias perigosas, quando se pretende romper com Portugal até os princípios da ciência”, explicou.
A exposição apresenta documentos originais e reproduções do período da Colônia à Independência do Brasil, produzidos entre o fim do século 16 e o início do século 19. Além de percorrer a expansão de Portugal pelo mundo, com a colonização de Macau, na China, e de Diu, na Índia, mostra também a determinação portuguesa no período de propagar a religião católica.
Raramente exposta ao público, o original da Constituição brasileira de 1824, outorgada por Dom Pedro I, é o destaque em um dos salões da exposição. Para que o visitante veja os detalhes da capa da primeira constituição do país, feita em veludo verde com o brasão e ornamentação banhados a ouro, os organizadores puseram um espelho em baixo do exemplar para ser melhor observada.
No juramento o imperador começa com a defesa da fé católica, enquanto a atual constituição determina o estado laico. “Não se concebia o Estado sem a Igreja Católica, era uma relação orgânica e indissolúvel”, disse a historiadora.

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