sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Campina Grande comemora 149 anos como uma das cidades que mais cresce no Nordeste

Campina Grande comemora 149 anos como uma das cidades que mais cresce no Nordeste
 Erguida no alto da Serra da Borborema, Campina Grande completa nesta sexta-feira, (11) 149 anos de emancipação política. A cidade nascida em berço de ouro branco e ponto estratégico comercial dos tropeiros, é uma das mais importantes do Nordeste, destacando-se por seu turismo de eventos e o polo tecnológico e do couro calçadista que aquece a economialocal.

Conhecida popularmente como a 'Rainha da Borborema' por sua histórica importância cultural, política e econômica para a Paraíba, Campina Grande, ocupa hoje posição estratégica no Estado. Porém, a fundação da 'capital do trabalho e da paz' como canta o hino oficial da cidade, continua a gerar controvérsia entre historiadores e teria mesmo acontecido pelo menos três décadas antes de 1697, ano em que aconteceu oficialmente sua ‘ocupação cristã’. Com isso, a cidade já estaria teria passado do terceiro século de idade.

Boa parte dos documentos históricos da cidade foram incinerados à época dos mandatos dos prefeitos Vergniaud Wanderley, na década de 1940, e Newton Rique, nos anos 1960, dificultando o trabalho dos historiadores. Esta origem é comumente creditada à 'ocupação cristã' pelos índios Ariú na aldeia de Campina Grande, liderados pelo capitão-mor Teodósio de Oliveira Lêdo, em 1º de dezembro de 1697. Porém, ali já moravam desde 1667 os índios Bultrins, de etnia Cariri, segundo relatam os historiadores. De acordo com o historiador Gervásio Aranha, professor do Departamento de História da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em 1790 o povoado foi elevado a categoria de vila, sob a invocação de Vila Nova da Rainha. Campina Grande no entanto, só conquistou a sua independência política no dia 11 de outubro de 1864, pela Lei Provincial nº 137, elevando-se assim, a categoria de cidade, por influência e poderio dos proprietários rurais.

Em 149 anos de existência, Campina Grande viveu importantes ciclos e momentos históricos. De acordo com o historiador Gervásio Aranha, a cidade viveu seis importantes fatos que foram decisivos para o seu crescimento. Ele enumera a chegada de Teodósio de Oliveira Ledo em 1697 e o consequinte, aldeiamento; a emancipação política em 1864; a saga dos Tropeiros; a conquista da luz elétrica que impulsionou o progresso; a chegada do trem em 2 de outubro de 1907, e o ciclo da cultura e do algodão.

De acordo com o historiador, os tropeiros tiveram papel importante. Este comerciantes 'nômades', segundo ele, transportavam suas cargas em lombos de jumento por todo o Nordeste e paravam obrigatoriamente na Rainha da Borborema, por ser um município estratégio. A partir destas viagens pelo Nordeste, cruzando Bahia, Pernambuco e Ceará, tomando a região no interior da Paraíba como parada principal, iniciou-se a aglomeração de pessoas que deu início à antiga vila e posteriormente ao município de Campina Grande.

O Algodão tem fator decisivo na história de Campina Grande. Através do chamado “Ouro Branco”, a cidade tornou-se conhecida nacionalmente, a ponto de rivalizar até com grandes cidades internacionais. Com a chegada do Trem a cidade, Campina Grande sofreu um grande crescimento habitacional. Exemplo disso é que em 1907, existiam 600 casas e depois do Trem, 1800. Dessa forma, com a facilidade do transporte de cargas que até então eram feitas através de jumentos, o comércio foi impulsionado e em conseqüência disso, o progresso da cidade.

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