
São Paulo – A 33ª edição do Panorama da Arte Brasileira, em exibição no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo até o dia 15 de dezembro, propõe este ano um processo de reflexão sobre o próprio museu. O foco de discussão é a sede do museu, instalada desde 1969 no Parque Ibirapuera, na capital paulista.
A sede do MAM não foi construída com a finalidade de abrigar um museu. Ela foi instalada sob a marquise do Ibirapuera, construída pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em caráter precário e provisório, mas acabou permanecendo no local até hoje, embora seja pequena para abrigar todas as atividades a que se propõe o museu, tais como o acervo, a área educativa e o setor de pesquisas.
Sete escritórios e grupos de arquitetos foram convidados para desenvolver ideias para uma nova sede da instituição. Não que o MAM esteja procurando uma nova sede ou cogitando reformá-la. O objetivo da curadora Lisette Lagnado e da adjunta Ana Maria Maia é lançar um olhar para o próprio museu, sua missão e sua história.
“Grande parte das ideias apresentadas poderiam sim, ser postas em prática se houvesse orçamento e vontade política. No entanto, vale lembrar que essa chamada por projetos de arquitetura é uma espécie de ficção plantada pelo P33. O MAM não quer sair da sede em que está hoje. E essa sede, ao contrário do que muitos esperam, não pode ser demolida, já que foi tombada em 1992, junto com outros edifícios do Parque Ibirapuera”, explicou a curadora adjunta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário