sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Mais de 2 mil romeiros são barrados no Piauí por transporte irregular


As 16 carretas que transportavam romeiros procedentes do Estado do Maranhão, que tinham previsão de chegada à cidade de Canindé na manhã de ontem para a Romaria de São Francisco das Chagas, foram barradas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cidade de Teresina, Piauí, no bairro Tabuleta.

O bloqueio começou às 14 horas da última quarta-feira. O responsável pelo comboio, o empresário Francisco Carlos de Oliveira, o Chiquinho do Codó, que, há 33 anos, paga uma promessa de seus pais, garante que todas as exigências foram cumpridas, inclusive a Autorização Especial de Transporte (AET), do Departamento Nacional de Infra Estrutura Terrestre (Dnit). Entretanto, os motoristas dos veículos ficaram impedidos de seguir viagem. Por volta das 16 horas, 39 pessoas, entre crianças e idosos, passaram mal. Algumas delas desmaiaram por conta do calor e da sede, sendo levadas para o Hospital Municipal de Teresina Santa Joana D´Arc.

Devido à falta de atendimento de emergência, os romeiros se revoltaram e interditaram a BR-343, ateando fogo em pneus, quebrando vidros de carros, gerando uma grande confusão. "Isso é rigor com a segurança dos romeiros ou intolerância religiosa", questiona Chiquinho do Codó. "Se o Ministério Público quer segurança para quem vêm a Canindé, esquece que autoriza o transporte de eleitores em períodos de eleição, em situações muito piores, porque os carros não passam por vistorias e nem tão pouco dispõe de autorização dos órgãos competentes para tal. "É bom que isso seja revisto pelas autoridades".

Por conta da decisão dos policiais rodoviários federais, o prefeito de Canindé, Celso Crisóstomo, e os franciscanos lideram um movimento em defesa dos romeiros de São Francisco, pedindo uma intervenção do Ministério da Justiça. Também houve um grande protesto na Cidade.

Polícia

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal afirma que "a fiscalização é necessária tendo em vista o crescente número de romeiros que se deslocam dos diversos estados nordestinos em veículos destinados ao transporte de cargas, conhecidos como ´ paus-de-arara´, sem as mínimas condições de segurança, higiene e saúde, potencializando a incidência de acidentes e a vitimização dos religiosos que se utilizam desse modal rodoviário.

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