“Eu agradeço ao povo brasileiro/Norte, Centro, Sul inteiro/Onde reinou o baião/Se eu mereci a minha coroa de rei/Essa sempre eu honrei/Foi a minha obrigação.”
O Brasil se despede 22 anos atrás de Luiz Gonzaga, com o sepultamento do seu corpo na cidade de Exu, no sertão de Pernambuco, num dia memorável da história da música popular brasileira.
Morto no início da manhã de 2 de agosto de 1989, em Recife, o corpo de Luiz Gonzaga é inicialmente velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde há missa de corpo presente presidida por Dom Helder Câmara.
O corpo do Rei do Baião segue de avião para Juazeiro do Norte, no Ceará, onde é posto em carro do corpo de Bombeiro, que, depois de entrar na cidade de Padre Cícero, o cortejo sobe a chapada do Araripe à procura de Exu, onde acontece o velório na igreja matriz da cidade.
No dia seguinte, 4 de agosto de 1989, centenas de fãs do Rei do Baião vindos dos estados nordestinos, do sudeste, tomam a pequenina cidade do Exu, cantando, lotando os poucos restaurantes, bares, e igreja do Bom Jesus dos Aflitos de Exu, onde o caixão de Luiz Gonzaga, coberto com a bandeira do município, e o seu chapéu e o gibão de couro, é velado pela multidão comovida.
O povo canta e anda pelas ruas da cidade, tomada de faixas de condolências ao filho ilustre. Outro centro de visitação dos fãs de Luiz Gonzaga é ao Parque Asa Branca, próximo a Exu, a propriedade de Luiz Gonzaga, onde ele hospedara-se e os amigos e convidados.
Comparecem a Exu para o enterro de Luiz Gonzaga, além da esposa Helena Gonzaga, o filho de Luiz Gonzaga, Gonzaguinha, as irmãs dele, o irmão Zé Gonzaga, e sobrinhos.
Dominguinhos grava para reportagem de televisão sentado ao túmulo dos pais de Luiz Gonzaga, Januário e Santana, enquanto a sepultura dele é construída ao lado.
A missa de corpo presente de Luiz Gonzaga é ao entardecer, seguida do sepultamento. A multidão segue o carro de bombeiro, com o corpo do Rei do Baião. Ao lado, Gonzaguinha abraçado ao gibão, de representante da maçonaria, e policiais bombeiros. O povo canta e aplaude o cortejo.
Tiveram acesso ao cemitério do Exu, para a cerimônia final, somente os familiares de Luiz Gonzaga, os amigos, artistas, a imprensa, e maçons que presidiram o rito de sepultamento. fonte museu luiz gonzaga.
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