quinta-feira, 5 de abril de 2012

[Leia] A banda paraibana Cabruêra abre hoje o projeto Cedo e Sentado no Granfinos

Augusto Pessoa/Divulgação



Quem reclamava da falta de atrações nas noites de segunda-feira, em Belo Horizonte, não perde por esperar. A partir de hoje, o Granfinos passa a ser palco de um projeto que promete trazer à capital, gratuita e quinzenalmente, as novas caras da música brasileira. Trata-se do Cedo e Sentado – Fora do Eixo, originário de São Paulo (Studio SP), que chega a Belo Horizonte depois de estabelecer-se, também, em terras cariocas (Studio RJ).


Na noite de estreia, além dos locais DJ Yuga e 4Instrumental, a banda paraibana Cabruêra vai aproveitar para lançar na cidade o projeto Visagens nordestinas,  que reúne em uma única caixa o livro Nordeste desvelado, com fotos de Augusto Pessoa e textos de Alberto Marsicano, e o CD Nordeste oculto. Em seu quinto álbum, a banda de Campina Grande, atualmente radicada em João Pessoa, embarca na proposta de Marsicano, um ex-discípulo de Ravi Shankar e introdutor da cítara no Brasil, para promover a ponte entre a música nordestina e os sons do Oriente.

“Marsicano, que também é ogã na umbanda, trouxe toda uma bagagem que se casou perfeitamente com o nosso trabalho, que bebe forte no misticismo”, constata o vocalista Arthur Pessoa, irmão do fotógrafoAugusto Pessoa. De acordo com ele, o conceito do projeto é do citarista-filósofo, que trouxe repertório que, aos poucos, foi acrescido de novas ideias da banda. Ao lado dos companheiros Leo Marinho (guitarra), Edy Gonzaga (baixo) e Pablo Ramires (bateria) e dos músicos convidados João Henrique (trompete) e Mib (trombone), Arthur mostra parte do repertório inédito no show, acrescido de canções da discografia da Cabruêra. 

Do maior São João do mundo, como se diz da famosa festa junina de Campina Grande, até o atual estágio, a Cabruêra passou pelo Abril Pro-Rock de 2000, partindo para a primeira turnê europeia. Coincidentemente, foi por meio de Paulo André, então produtor de Chico Sciense, que a Cabruêra passou a frequentar o mesmo circuito que do músico pernambucano. “Nossa linguagem é a mesma, mistura Nordeste com influências da geração rocker. O som que a gente faz nasce dessa mistura”, afirma Arthur Pessoa, admitindo as várias influências. “Mas é tudo calcado em ritmos como embolada, repente, coco e ciranda”, conclui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário