sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Luiz Gonzaga, o Pernambucano que cantor a cultura do Nordeste para o mundo.


Este ano, o sanfoneiro, cantor e compositor Luiz Gonzaga, o Gozangão, completaria 100 anos de idade. Ele saiu de casa ainda jovem para se alistar no exército e só voltou 16 anos depois, já famoso, já como ‘O Rei do Baião’, como ficou conhecido.
Humberto Teixeira, parceiro de Luiz Gonzaga em diversas composições, explicava que o baião não foi uma criação deles. "O baião é velho como o sertão, tem três, quatro séculos de existência. O que eu fiz com o Luiz foi urbanizar, estilizar, dar características sulinas, colocar aquele ritmo da viola sertaneja e, dentro desse ritmo uniforme, comercial, que o público aceitou tão bem, nós trouxemos os modismos, a história dos nossos irmãos do norte para que os nossos irmãos do sul conhecessem”.
‘Asa Branca’ foi o maior sucesso da dupla. A música tem 85 gravações no Brasil e 17 no exterior. “Asa branca é uma música tão simples que tem cinco notas só. Todo menino toca Asa Branca”, contava Gonzagão.
Para o filho, o cantor e compositor Gonzaguinha, Gonzagão era um dos artistas mais completos no palco. “Ele possui um domínio violentíssimo sob o público, é uma pessoa que trata o público carinhosamente. Ele é capaz de buscar no fundo do palco uma pessoa que esteja participando menos e colocá-la à vontade. A alegria do meu pai me ensina muita coisa. Quando eu vejo uma praça cheia com ele tocando é, para mim, uma das coisas mais bonitas que tenho da vida”, contava o músico.
Um dos filhos de Gonzaguinha, Daniel Gonzaga, conta que o avô era muito animado. “Chegava aos lugares gritando, dando o chamado dele, batia nas costas de todo mundo, todo muito queria falar com ele. Na intimidade ele tinha essa animação, mas ao mesmo tempo tinha um interesse em saber o que estava acontecendo com os netos”, revela.
Luiz Gonzaga morreu em agosto de 1989, de parada cardiorrespiratória. “Ninguém é eterno. O que a gente ganha a gente não vai levar. Se a gente tem Deus com a gente, o divino mestre se encarrega de colocar as coisas no lugar certo. A gente luta, sofre, suor, lágrimas. Depois passa a viver de emoções”, dizia o sanfoneiro.

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