quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Tragédia no Centro de Lançamento de Alcântara-MA completa 10 anos

Eram 13h26 do dia 22 de agosto de 2003, em Alcântara, no Maranhão. Nesse dia, um incêndio mudou de forma drástica os rumos do Programa Espacial Brasileira, com um saldo de 21 técnicos do Comando Técnico Aeroespacial mortos e uma longa pausa nas atividades aeroespaciais de grande porte desenvolvidas pelo país. Naquela tarde de 2003, no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), os profissionais trabalhavam dentro da Torre Móvel de Integração (TMI), a plataforma de lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), da qual o foguete deveria fazer seu primeiro voo marcado para três dias depois da tragédia. A atividade representaria uma tentativa do país de qualificar um lançador de grande porte capaz de colocar satélites em órbitas geoestacionárias.
Dez anos depois da tragédia, o Brasil se prepara para retomar as atividades com o VLS, a partir do ano que vem. A previsão é que em 2014 aconteçam dois lançamentos do veículo. O voo completo deve ser realizado em 2015. Depois desse processo, o foguete seria considerado qualificado para outras atividades, inclusive, lançamentos comerciais. Paralelamente às atividades do VLS, o Brasil já planeja a evolução do foguete, com desenvolvimento de novos modelos.
Calendário - De acordo com o cronograma do Programa Nacional de Atividades Espaciais, divulgado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), as atividades de grande porte serão retomadas definitivamente a partir do ano que vem, não só com o VLS, mas com a preparação de outros foguetes.
Em 2015, acontecerá o voo completo, que deve levar a bordo uma carga útil (experimentos científicos a serem testados no espaço). Em 2016 e 2017, se todas as atividades programadas forem bem-sucedidas, o foguete receberá a qualificação, o que dará ao Programa Espacial Brasileiro o aval para a fabricação da sequência da família do VLS, com os modelos VLS Alfa e Beta.

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