sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Seca ainda afeta regiões rurais do Sertão pernambucano


Agricultores de Aruás, Zona Rural dePetrolina, no Sertão pernambucano, calculam o prejuízo que tem sofrido com a seca nos últimos meses. Oitenta cabeças de gado já morreram de fome e sede no local. Os filhotes que nascem mal conseguem ficar em pé de tão famintos. Para eles, a esperança vem pelos caminhões-pipa que abastecem a cidade. A alegria, no entanto, é passageira - a água dura menos de um mês. O drama foi mostrado em reportagem do Bom DiaPernambuco desta sexta-feira (27).
A Operação Pipa leva 67 caminhões para a cidade. De acordo com o gerente regional do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Paulo Nogueira, cada veículo carrega 7 mil litros de água para cisternas. "O cálculo é baseado em 80 litros de água por pessoa, por dia. Estamos vendo até mais carros, porque estamos vendo que a demanda está aumentando", afirmou. A cisterna, no entanto, logo fica vazia. A água trazida é usada para consumo dentro das casas, incluindo cozinha, lavagem de roupas, criação de plantas e consumo próprio.
A situação é muito difícil na região para todos os criadores de gado. O agricultor Valmir Edeltrudes lembra que a última chuva foi no mês de abril. "De lá para cá, o alimento que nós tínhamos para dar aos bichos se acabou. O capim morreu, a palma já morreu", explicou. Adelino da Silva, também agricultor, costumava plantar feijão, milho e mandioca na fazenda. "Eu já estou acostumado a ver seca, tenho 64 anos. Já passei por muita seca", relembra.

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